Minha Casa, Minha Vida também financia imóveis usados; veja regras e se você se enquadra

O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), relançado em fevereiro de 2023, passou por importantes transformações nos últimos anos. Antes restrito à aquisição de imóveis novos, o programa agora também permite o financiamento de imóveis usados, ampliando significativamente o acesso à moradia para famílias de baixa e média renda.

Com essa ampliação, o governo espera atender, só em 2025, cerca de 250 mil famílias, sendo 120 mil por meio da nova Faixa 4, destinada a famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, e outras 130 mil beneficiadas pela flexibilização das faixas anteriores, segundo dados do GOV.BR.

Além da ampliação no perfil dos beneficiários, o Minha Casa, Minha Vida reforça seu papel estratégico no enfrentamento do déficit habitacional no Brasil, que atualmente gira em torno de 6 milhões de moradias.

Para cumprir esse objetivo, o governo federal prevê um investimento de mais de R$ 60 bilhões em 2025, conforme aponta a Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação (ABC HABITAÇÃO). A seguir, você confere as regras, condições e como saber se você se enquadra para financiar um imóvel usado por meio do programa.

O que mudou

Desde fevereiro de 2023, o Minha Casa, Minha Vida passou a permitir o financiamento de imóveis usados, com taxas de juros mais baixas do que as praticadas no mercado tradicional.

Essa mudança ampliou o alcance do programa, tornando a casa própria mais acessível para milhares de brasileiros. Em maio de 2025, foi criada a Faixa 4, voltada a famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, que agora também podem financiar imóveis usados.

Já para as famílias da Faixa 3 (com renda entre R$ 4.700 e R$ 8.000), que haviam enfrentado restrições em 2024, novas flexibilizações foram implementadas, permitindo um maior acesso ao mercado de imóveis usados e facilitando a realização do sonho da casa própria.

Quem pode participar

Para financiar um imóvel usado pelo Minha Casa, Minha Vida, o interessado deve atender a alguns critérios específicos. É necessário não possuir outro imóvel residencial no município onde pretende realizar a compra e não ter sido beneficiado anteriormente por programas habitacionais do governo.

Também é exigida a comprovação de renda compatível com uma das faixas do programa, além da capacidade de pagamento — as parcelas do financiamento não podem comprometer mais de 30% da renda familiar mensal.

Esses requisitos visam garantir que os benefícios sejam direcionados a quem realmente precisa de apoio para conquistar a casa própria, diferenciando-se das propostas de financiamento dos bancos particulares, que seguem critérios mais amplos e comerciais.

Como o sistema de faixas se aplica aos usados

O Minha Casa, Minha Vida mantém a estrutura de faixas de renda para o financiamento tanto de imóveis novos quanto usados, com regras específicas conforme o perfil do comprador.

Para famílias das Faixas 1 e 2, com renda de até R$ 4.700 mensais, é possível financiar até 80% do valor do imóvel, respeitando os limites estabelecidos pelo programa.

Já na Faixa 3 (renda entre R$ 4.700 e R$ 8.000), o valor máximo do imóvel usado é de R$ 270 mil, com financiamento de até 50% no Sul e Sudeste, e 70% no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Na Faixa 4, para rendas de até R$ 12 mil, o imóvel pode valer até R$ 500 mil, com financiamento de até 60% e juros de até 10% ao ano.

Exigências básicas

Para financiar um imóvel usado pelo Minha Casa, Minha Vida, é necessário que o imóvel tenha pelo menos 180 dias desde a emissão do habite-se, sendo assim considerado usado.

A prestação mensal não pode ultrapassar 30% da renda familiar, e o comprador deve ter capacidade civil, financeira e não ter recebido subsídios anteriores via FGTS.

Como se inscrever

O primeiro passo para participar do programa, é simular o financiamento em uma agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, comparando as faixas de renda e condições disponíveis.

Em seguida, escolha um imóvel usado que atenda aos critérios do programa e reúna toda a documentação necessária, como RG, CPF, comprovante de renda e certidões. A instituição analisará o crédito e o enquadramento. Com a aprovação, basta assinar o contrato e iniciar o pagamento das parcelas com taxas reduzidas.

Concluindo, o Minha Casa, Minha Vida se transformou em uma ferramenta ainda mais poderosa ao abraçar o mercado de imóveis usados. Além de favorecer famílias de diferentes faixas de renda, mantém taxas atrativas e prazos de até 35 anos.

O destaque dada a Faixa 4 e a flexibilização das regras da Faixa 3 asseguram mais inclusão.

Se você se encaixa nos critérios, é uma excelente oportunidade para sair do aluguel e conquistar seu imóvel com condições privilegiadas.

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